quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Show da "democracia"

Ontem, ouvindo o programa eleitoral no rádio, a candidata da coligação petista usou um argumento que segue a mesma linha do argumento que o PT criticou na campanha de José Serra nas últimas eleições.

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Para quem não lembra, na campanha do Serra aparecia a Regina Duarte falando que tinha medo do que poderia acontecer se o Lula ganhasse as eleições. O PT criticou muito essa atitude e soltou um "a esperança venceu o medo" depois do resultado das eleições.
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Aí, lá estou eu tomando café da manhã, e a candidadata Arlete Sampaio me sai com um discursinho messiânico mequetrefe! Dizendo que só a coligação dela "é capaz" de colocar Brasília "no caminho do crescimento". (!!!!!)

Só faltou mesmo dizer que tem medo do que pode acontecer com a cidade se outro candidato for eleito! O_o

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Um roubo!

O post abaixo foi descaradamente roubado do Blog do Pedro.
Não vou nem comentar muito, só quero escrever assim quando eu crescer... :-)

"Palavras? antes musas
A suave mística de estar sem ser
fingir sem que seja preciso
errar sem ter ao menos necessidade
senão a de errar.

Errar? antes amar
Que não é senão errar sem medo
servir sem senhorio
andar pela cidade (ou pelas minas, planaltos)
apenas pelo prazer de andar.



Eu gosto de palavras que têm dois significados, podendo assumir um ou outro dependendo de quem lê. Preciso é uma delas, imortalizada nos versos de Camões por serem verdade, já que viver não é preciso, ao contrário do ofício em nossa vida.

Errar é outra, mais ainda se falamos de errar sem medo. O erro geralmente é ruim, mas errar sem medo parece diminuir o prejuízo. Ser errante sem medo, mais ainda: é ter coragem e força, porém sem a rudeza que se lhe tira a serenidade.

Alguns oxímoros, sem exagero, também me fascinam. "Servir sem senhorio" não é bem um oxímoro, mas quase: é estar pronto, doar-se sem perguntar-se por quê. É errar sem medo.

Amar não é senão errar sem medo. Deixar-se. Desapegar-se. É difícil fazer isso no dia-a-dia, mas por algum ocaso acontece do nada, no meio do trânsito, no trabalho, entre as linhas de um blog. Uma vontade inexplicável de sentar-se a ver um filme com alguém. A figura de um colo.

É errar apenas pelo prazer de errar."