quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Natal

Roubado do Blog do Pedro. Não tenho comentários, o post fala por si e eu concordo plenamente com o autor.

Uma coisa me desanima no Natal, fora o tão-citado consumismo exagerado: a estupidez dominante. Ela acontece o ano inteiro, mas torna-se especialmente insuportável quando lembram na TV que Jesus andou por aqui e pouco se sabe Dele como o século XXI gostaria.

Tá, eu passei 15 minutos assistindo ao Fantástico no Natal para, sem qualquer explicação racional, viver momentos de indignação. Passaram dois quadros muito inúteis e mal-feitos, porém dogmatizados como axiomas, como só poderia haver naquele programa. Um deles foi sobre a provável dieta de Jesus, uma informação que pode ser construtiva para aquelas pessoas que acham que no Oriente Médio só existe pão, trigo (pra fazer pão) e peixe.

O outro quadro, não menos mal-feito mas igualmente imortalizado na Enciclopédia Globo de Descobertas, afirmava que Jesus teve irmãos de sangue, filhos de José e Maria. Só que isso é pura incapacidade de ler a Bíblia, já que os "irmãos" citados lá são filhos de Maria de Cleófas (que obviamente não é Maria mãe de Jesus) ou de Zebedeu, o que levaria a crer que ou Maria ou José eram adúlteros e pela lei judaica deviam ser apedrejados. Até já me inventaram "Tiagos" a mais para sustentar a tese dos irmãos de sangue, um último ato desesperado. A fórmula é simples: leia com cuidado e saberá a verdade, pois quem procura chifre em cabeça de cavalo bíblico certamente encontra.

E agora estou onde queria chegar. Natal é o nascimento de Jesus Cristo. Há dois mil anos faz-se a mesma pergunta: quem é Jesus Cristo? Explicações existem aos montes, cada um puxando a sardinha para o seu lado. Fala-se do "Jesus histórico" porque Jesus causa fascinação em qualquer um e carregar o "fardo religioso" ao se falar Dele pode ser muito pesado para alguns; mas não existe "Jesus histórico" e "Jesus religioso" como não há "Pedro bacharel em relações internacionais" e "Pedro pretenso escritor", pois Pedro é um como Jesus é um. Fala-se de "Jesus sem-terra", "Jesus comunista", "Jesus revolucionário", "Jesus rabino". A pergunta é tão intrigante que o próprio Jesus Cristo a fez.

[Jesus] No dizer do povo, quem é o Filho do Homem?
[Discípulos] Uns dizem que é João Batista, outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.
[Jesus] E vós, quem dizeis que eu sou?
[Pedro, sempre ele] Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!
[Jesus] Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Pedro disse a verdade porque não ouviu o que os outros achavam, sequer o que ele achava: a verdade foi-lhe revelada misticamente. Por causa disso Jesus confirmou o primado de Pedro frente aos outros apóstolos. Esta passagem inteira (Mt 16,13-19) está escrita em latim com mosaicos em toda à volta da nave da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Quem entra é convidado a olhar para cima como em qualquer templo grandioso, e ao levantar os olhos se depara com a pergunta milenar: "E você, peregrino? E você, Pedro, Tiago, João, Marília, Isabela -- quem você diz que Eu sou?"

"No dizer do povo", da mídia, do escambau, podem falar o que quiserem. Inventa-se muita coisa. Mas o Natal está aí, Jesus chegou, e a pergunta não se calou ainda.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Aborto

O tema parece não acabar nunca... Acho que esse vai ser um dos últimos posts sobre o assunto, senão o último...

Artigo de Olavo de Carvalho sobre os "abortistas", essas pessoas esquisitas que não pensam no que estão dizendo... O cara é muito sarcástico e rebate os argumentos abortistas. Mas, como ninguém é perfeito, ele também não cita a fonte dos dados que apresenta, mas isso não invalida o restante do texto.
Entrem aí no link:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/051124jb.htm

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Cultura em Brasília

Como eu sou de Brasília, aí vai uma notícia boa para quem não tem carro na capital federal. Tirada do site do IESB.


Em busca de disseminar a cultura na capital do Brasil, o Centro Cultural Banco do Brasil está instalado em Brasília desde 2000. Infelizmente, o local escolhido é longe do centro da cidade. O CCBB fica no Setor de Clubes Sul e são poucos os ônibus que passam por lá, dificultando o acesso dos moradores do Distrito Federal que não possui carro.

Na tentativa de sanar a falta de transporte e democratizar o acesso à cultura, o Centro Cultural disponibilizou gratuitamente um micro ônibus para levar e trazer os interessados em visitar o local, que oferece exposições gratuitas, cinema e peças de teatro a preços populares. No início do ano passado, o ônibus ganhou uma nova rota e o IESB passou a integrar o percurso do transporte.

Para a quem se interessar em usufruir do benefício, o transporte gratuito funciona de terça a domingo, das 11h às 21h e sai a cada uma hora e meia do centro cultural. Identificá-lo é fácil, o ônibus é cor de creme com a logomarca do CCBB nas laterais.

Os pontos de parada no percurso são: CCBB, Teatro Nacional, Manhattan Flat, no Setor Hoteleiro Norte, Hotel Nacional, no Setor Hoteleiro Sul, Galeria dos Estados, no Setor Bancário Sul, Catedral, IESB e Universidade de Brasília, finalmente voltando ao CCBB.

Links

Pois é... Eu tenho entrado em muitos sites católicos e visto umas coisas... Como não sei se vocês (os dois) vão ficar lendo aqui no blog, vou pôr os links aqui, e entra quem quiser.

1)http://www.acidigital.com/aids/preservativo.htm
Eu já falei em um post anterior sobre a cultura do preservativo, e de como a propaganda anti-AIDS virou propaganda de camisinha. Quem se interessar entre no link acima.

2)http://revistaentrelivros.uol.com.br/Edicoes/6/Artigo10980-1.asp
Artigo de Umberto Eco sobre o "Código Da Vinci". Quem leu o "Código" tem que ler isso aqui. Pena que os descabeçados que acreditaram nas sandices do "Código" provavelmente nem vão ler, mas...
Se o link não abrir tente este: http://www.google.com.br/search?q=%22Umberto+Eco%22%2B%22C%C3%B3digo+Da+Vinci%22&hl=pt-BR&lr=&start=20&sa=N
É da busca do google. O nome na consulta do Google é "ENTRELIVROS".

Abraços a todos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

A Igreja Católica

Mais ataques à Igreja, com suas respectivas respostas. Desculpem se estou sendo repetitivo, mas me dá nos nervos esse povo falando do que não sabe!
Esse vai ser outro post bem longo, se você estiver com preguiça de ler talvez o final esteja mais interessante, mas gostaria que todos (os 2 ou 3 que entram) lessem tudo. Meus comentários em itálico.


23/11/2005 - 18h32
Vaticano veta Daniela Mercury em show

O Vaticano cancelou a participação da cantora Daniela Mercury em um concerto de Natal, marcado para 3 de dezembro, com a presença do papa Bento 16. Segundo o Vaticano, a decisão foi tomada por conta da participação de Daniela em uma campanha anti-Aids, no Carnaval passado, em que ela defendeu o uso de preservativos.

Por meio de nota oficial divulgada nesta quarta-feira, Daniela lamentou o ocorrido --o convite havia sido feito há cerca de cinco meses. A cantora afirmou estar "decepcionada" por não representar o Brasil no evento, que terá artistas do mundo todo.

Na nota, a cantora, embaixadora do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Unaids (programa da ONU para HIV/Aids), se declara católica e diz acreditar que o uso de preservativos "é um instrumento de proteção à vida".

Ela defende seu direito "de discordar da posição da Igreja no que diz respeito à utilização da camisinha como forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids". A Igreja Católica é contrária a métodos contraceptivos em geral.

Folha Online Com agências internacionais


Fausto Silva, no intuíto de defender a cantora em seu programa, disse: " - Sou católico apostólico romano, mas tenho senso crítico sobre a minha religião e não sou fanático."

A meu ver, o grande problema é que a propaganda de prevenção à AIDS virou propaganda de camisinha.
Ninguém fala "Não tenha relações sexuais", nem mesmo "Evite", nem "Tenha só um parceiro". (o que nem deveria precisar ser falado)
Em vez disso, as pessoas ficam repetindo "Use camisinha".
Em vez de estimular posturas mais saudáveis, como a fidelidade (no caso dos namorados e casados) e a continência, o que é estimulado é algo como uma "prevaricação moderada", que já é uma contradição em si!
E ainda acham que o erro está na Igreja!!!!
Eu já vi dezenas de entrevistas, artigos, debates e o escambau, com gente se mostrando preocupada com a gravidez na adolescência, relações sexuais precoces e com o crescimento da AIDS, mas nunca ouvi ninguém dizendo pras mães orientarem seus filhos e filhas a terem um pouco de paciência, nem vi manifestações favoráveis à castidade. Então a solução para a AIDS é um pedaço de borracha? Desculpem-me, mas ainda confio mais no grãozinho de arroz. (quem não sabe o que estou falando leia meu comentário no post "Direito de matar? - Dom Sinésio Bohn" de 16/11/2005.
O fato, galera, é que, se as pessoas não tivessem relações sexuais antes de casar e fossem fiéis depois de casar, mais da metade dos casos de AIDS simplesmente não existiriam, já que aproximadamente 56% das pessoas infectadas contraíram o vírus por meio de relações sexuais. (mais ou menos 20% são por uso de drogas e uns 24% são outros meios, como a mãe portadora do vírus que passa para a criança na gravidez)
E, enquanto não se descobre uma cura, vamos usar a camisinha, que não resolve, mas é um paliativo (faz as pessoas acharem que é alguma coisa) e dá uma grana pra indústria... E vamos sentar o malho na Igreja, que é "retrógrada". Vamos ter "senso crítico"...
Mas isso não é exclusividade da propaganda anti-AIDS, no Brasil existe a cultura do paliativo, pouco ou nada é duradouro. Se existe racismo, vamos aumentar artificialmente o número de negros nas faculdades, locais de trabalho, programas de TV. Se existe machismo, vamos obrigar as empresas a contratar uma determinada porcentagem de mulheres. Se existe exclusão do índio, vamos aumentar o limite das terras que "gentilmente demos" a eles.
Mas nada disso resolve o problema, e nem mesmo leva as pessoas a refletirem sobre o cerne do problema. Pelo contrário, as pessoas ficam discutindo sobre o paliativo sem pensar no racismo, machismo ou o que quer que seja. E, enquanto as pessoas brigam pela inclusão das mulheres na sociedade (por exemplo), as revistas femininas continuam falando (ao menos 90 % do conteúdo) de sexo, maquiagem, plástica, dietas e (pasmem) receitas!
Gente, numa boa, tem alguma coisa muito errada por aqui...

E olha aí o resultado dessa cultura do "tudo pode":


"LITERATURA" INFANTIL GAY
Para cúmulo do absurdo, na desolação da abominação, uma entidade argentina, fomentada com dinheiros de ONGs multinacionais, patrocinou um concurso internacional de "contos infantis sobre diversidade sexual".
(...)

http://www.inversa.org/ganadores.php (textos em espanhol - li um deles e é trash...)

Pra terminar, dois links. O primeiro de um "batista" que se diz "Dr." Ed DeVries que é contra o diálogo com a Igreja católica e a resposta de um católico. Nesses vale a pena entrar.


Original: http://www.biblebelievers.com/Devries3.html (em inglês)
Resposta: http://geocities.yahoo.com.br/jf_m2001/cartaaumanticatolico.htm