sexta-feira, 1 de outubro de 2004

A eterna guerra entre o homem e a fera!

Antes de começar a ler isso, saiba que eu não sou especialista e não tenho a verdade na minha mão. O que você lerá neste blog são reflexões minhas, e eu sempre posso estar errado...
Nunca sabemos o que queremos. Nem venha me falar isso. A pessoa mais decidida entra em parafuso de vez em quando, e isso é perfeitamente natural. O ser humano é tão fantástico que deixa de lado a Biologia em função da Cultura. Explicando: Temos instinto, como qualquer outro animal. Só que, como seres culturais que somos, abrimos mão da satisfação de nossos instintos em função da convivência harmoniosa em sociedade.
Curiosamente, damos tanta importância ao fato de que somos seres culturais, e que temos a sociedade mais complexa do reino animal, que aquilo que temos em comum com os outros animais nos intriga e faz com que não nos entendamos, afinal de contas, a defesa do território por meio da violência não é socialmente aceitável. Então, encontramos outros meios de satisfazer esses impulsos.
Ninguém nunca se perguntou porque a maioria das pessoas que se prostituem são mulheres? É simples, a maioria dos clientes são homens! E isso se deve ao fato de que o instinto do macho é espalhar seus genes pelo maior número de fêmeas possível. O próprio machismo, que deve ter passado pela cabeça de várias pessoas ao pensar nisso, é uma desculpa para a satisfação dos instintos.
Então, seu animal, aprenda a viver em paz consigo. Para isso, antes é preciso compreender o que somos, mesmo que isso não signifique a satisfação irrestrita de todos os nossos impulsos e instintos.
Bjos
Fabão

3 comentários:

Orquídea disse...

Interessante... aconteceu algo para pensares nessas coisas?

Anônimo disse...

Você já disse o que somos... Somos seres sociais, ou culturais, que precisam abrir mão do lado "animal" para que possa viver em paz com a sociedade e, CONSEQUENTEMENTE, consigo. Não há paz consigo, se não houver paz com o meio social em que se vive.
Discordo, no entanto, de você dizer que nunca sabemos o que queremos. Eu sei o que quero. Eu sabia o que queria quando decidi abandonar minha família (as pessoas que mais amo) para tentar a felicidade em Fortaleza (vc sabe do que estou falando)!!! Eu sabia o que queria quando decidi casar e morar numa cidade do interior do Ceará abrindo mão do luxo de uma capital. Eu sabia o que queria quando decidi parar de assistir televisão, entrar na internet e jogar computador para estudar para concursos!!! Dúvidas, incertezas, medo do futuro; todos temos. Porém, cada um pode, e DEVE, traçar o seu caminho. Claro que o que eu tracei não aconteceu como imaginei. Não cabe a mim decidir, mas sim a Deus. Mas eu decidi que caminho seguir. Tropecei, caí, me machuquei, pensei em voltar atrás, mas tenho orgulho de ter decidido. E se tivesse a oportunidade de voltar no tempo... Faria tudo de novo do mesmo jeito.
O problema é a cultura do "Carpe Diem", do "Faça o que tu queres porque é tudo da lei". Recebemos vários e-mails dizendo pra sermos "felizes", fazer o que se gosta, ser irresponsável às vezes. O que os e-mails esquecem de dizer é que todo ato gera uma consequência. E antes de fazer alguma coisa, você deve ponderar as consequências. Os animais irracionais não têm essa capacidade.
A diferença entre eles e nós é essa: capacidade de planejar prevendo as consequências, traçar o próprio caminho!!!
Te amo e fica com Deus!!!
Seu irmão, Fred

Anônimo disse...

Fabão, concordo em quase tudo que o Fred escreveu, embora tenha uma opinião diferente um pouco do que escreveste.
Pela abordagem sociobiológica (a parte da biologia que me apaixona, me fez voltar ao curso), muito do comportamento social do homem é atávico, instintivo; por exemplo, a família e suas interações (trabalhos como o de Dianne Foulley - "A Montanha dos Gorilas").
Também acredito em São Francisco, e pela obra dele, Santa Teresinha (Reformadora do Carmelo), de Sócrates, Platão e vários outros, acredito que o que torna os humanos diferentes de outros animais não é o raciocínio, que está presente em vários graus na natureza, e sim a capacidade de suplantar os instintos em prol de algo. Os padres sublimam o desejo sexual em prol da igreja, os irmãos sublimam a territorialidade para dividir quartos...
Como o Fred, já levei muita bordoada da vida, algumas não cicatrizaram, e até me afastei, na pífia tentativa de me curar.
Fiz minhas decisões, optei por ir para Curitiba, para aprender a valorizar a família maravilhosa que tenho. Continuo no COrreio, mesmo com tudo o que me aconteceu. Me dedico mais aos meus relacionamentos - familiares, amorosos, amicais, ainda que tenha problemas em demonstrar afeto.
Nada me aconteceu por acaso, mas aprendi a encontrar a lição por trás do exercício.
Acredito que Deus rege minha vida, mas os caminhos são escolha minha! Isso se chama LIVRE-ARBÍTRIO.
Beijos, também te amo!
Teu irmão, Felipe.