domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos pais II

Dia do pai ou da mãe é sempre dia da família. Então vai um post reflexivo...

É preciso resgatar o conceito de família, que hoje parece ser uma instituição em acelerado processo de falência, pois os próprios cônjuges já não acreditam na perenidade da relação, nem estão dispostos a lutar por essa perenidade.

O que era "vamos namorar para ver se vai dar certo" (o que é natural, diga-se de passagem), virou "vamos casar para ver se vai dar certo" (o que é uma total aberração, diga-se de passagem...). E essa postura é uma das muitas causas da desestruturação da instituição familiar tradicional.

Padre Zezinho observou isso muito bem e fez uma música linda, chamada Utopia, que reproduzo abaixo, com negrito nas minhas frases preferidas... Se todos lessem esta letra pensando a respeito, talvez algumas postura mudassem...


Das muitas coisas
Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança
O aconchego de meu lar
No fim da tarde
Quando tudo se aquietava
A família se ajuntava
Lá no alpendre a conversar


Meus pai não tinham
Nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro
Trabalhavam sem parar
Faltava tudo
Mas a gente nem ligava
O importante não faltava
Seu sorriso, seu olhar


Eu tantas vezes
Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado
Um por um ele afagava

E perguntava
Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia
E tudo aos poucos se ajeitava

O sol se punha
A viola alguém trazia
Todo mundo então pedia
Pro papai cantar pra gente
Desafinado
Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas
Seu olhar no sol poente

O tempo passa
E eu vejo a maravilha
De se ter uma família
Quando tantos não a tem
Agora falam
Do desquite ou do divórcio
O amor virou consórcio
Compromisso de ninguém

Há tantos filhos
Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço
E do carinho entre seus pais
Se os pais amassem
O divórcio na viria
Chame a isso de utopia
Eu a isso chamo paz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fabão, gosto de ler seu blog, mas vc podria escrever mais heim???