terça-feira, 6 de maio de 2008

O amor e as "cartomantes"

Hoje, como muitas vezes antes, passei por um cartaz dessas “cartomantes” na rua. Mas hoje, dediquei uns minutos para pensar a respeito, e partilho com vocês minha reflexão.

O cartaz, como sempre, falava de tudo o que a suposta mística fazia. Aparentemente, além dos conhecimentos em práticas religiosas cigana e africana (tarô e búzios) ela era especialista em “amarração para o amor.

Isso era particularmente evidente pelo destaque que o cartaz dava para a seguinte frase: TRAZ A PESSOA AMADA NA PALMA DA MÃO. (a caixa alta e o negrito são do cartaz, não meus...)

A conclusão a que cheguei é que a pessoa que anseia por ter “a pessoa amada na palma da mão”, e que está disposta a recorrer à magia para tal, não conhece o amor. Essa pessoa não sabe o que é amar ou ser amada. Nem ela nem a “cartomante”, se for sincera em seu “trabalho”, o que duvido.

O amor conjugal (descobri recentemente), assim como o amor entre os namorados, nasce da disposição entre os amantes/amados de doar-se inteiramente ao outro, de pôr-se na palma da mão do outro, sem desejar necessariamente (como se fosse uma condição inegociável) que o outro esteja na palma da minha mão.

Uma vez que o outro ponha-se na palma da minha mão (como conseqüência natural desse amor-doação, sem cobranças nesse sentido), cuidarei dele como de um precioso tesouro.

E é nessa doação mútua que o amor nasce, cresce e se fortalece, e tende a permanecer. Se Deus é amor, a atitude egoísta de desejar uma pessoa na palma da minha mão a qualquer custo não pode ser considerada atitude de quem ama.

Será que quem procura os “serviços” dessa “feiticeira” tem esse entendimento? Minha tendência é achar que não.

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